A biocomputação avança como uma nova fronteira entre biologia e tecnologia. Ao utilizar estruturas como DNA e organoides cerebrais para processar informações, essa inovação promete transformar áreas como saúde, agricultura e inteligência artificial, com ganhos em eficiência energética e capacidade computacional. O lançamento do CL1, primeiro computador biológico comercial, é um marco nesse movimento.
Como destacou nossa sócia Julia Pazos, de Propriedade Intelectual, Inovação e Tecnologia, em entrevista à Época Negócios, o uso de redes neurais humanas exige atenção à origem do material biológico, ao consentimento informado e à finalidade do uso. Ainda, segundo a advogada, a adoção de práticas sólidas de governança e segurança da informação é essencial para mitigar riscos e garantir conformidade.
Apesar da ausência de uma legislação específica, normas como a LGPD e a Lei de Biossegurança já oferecem diretrizes relevantes. O avanço da biocomputação reforça a necessidade de marcos regulatórios que garantam inovação com responsabilidade ética e jurídica.